PIB mais forte no segundo trimestre eleva crescimento do ano, mas não altera o quadro de enfraquecimento da economia. O PIB cresceu 1,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro, após ajuste sazonal. O resultado superou as expectativas. Destacaram-se o crescimento elevado da agropecuária, da indústria e dos investimentos. Esse resultado mais forte contribuiu para a elevação da nossa projeção de crescimento do PIB deste ano, de 2,1% para 2,3% . No entanto, não alterou a perspectiva de redução de ritmo da economia no segundo semestre. A produção industrial caiu 2,0% em julho e deve fechar o trimestre em contração. Nesse cenário, o PIB deve recuar 0,5% neste trimestre. Para 2014, mantemos a projeção de 1,7% para a expansão do PIB
Indicadores de confiança mais baixos reforçam quadro de atividade fraca. Os indicadores de confiança do consumidor e do setor de serviços se recuperaram das quedas em julho, embora não totalmente no caso dos serviços. Na indústria, houve queda adicional no mês passado. De maneira geral, os indicadores de confiança estão mais baixos, reforçando o cenário de enfraquecimento da atividade econômica. O investimento deve sentir mais os efeitos da queda da confiança. De fato, os dados de produção e importação de bens de capital recuaram em julho.
Para os próximos meses, projetamos uma aceleração gradual da inflação medida pelo IPCA para 0,4% em setembro, subindo para uma média mensal de 0,75% no último trimestre. A alta da inflação no final do ano será determinada por fatores sazonais, pelo impacto da taxa de câmbio mais desvalorizada, pelo cenário menos favorável para preços de grãos e pelo provável reajuste dos combustíveis. Um risco de baixa, no curto prazo, é o comportamento da inflação de alimentos. A queda na margem tem sido mais persistente do que o antecipado.
Itaú BBA