A BM&FBovespa vai mudar a metodologia de cálculo do Ibovespa, principal termômetro do mercado de ações brasileiro, que agora levará em conta o valor de mercado das empresas e o volume de papéis disponíveis para negociação na Bolsa.
É a primeira mudança relevante no índice em 45 anos. O objetivo é tirar ações como as da OGX, petroleira do grupo de Eike Batista, que valem menos de R$ 1, mas têm grande volume de transação.
ambém deve reduzir a participação de empresas grandes, mas que tenham poucas ações no mercado.
As alterações valerão a partir do próximo ano e serão implementadas em duas fases. A primeira, que vai de janeiro a abril, será uma média das metodologias antiga e nova. A partir de maio, de fato, a nova metodologia vigorará sozinha.
Criado em 1968, o Ibovespa refletia uma Bolsa em que poucas ações eram negociadas, independentemente do tamanho e da importância das empresas.
Devido a essa metodologia, a OGX representa hoje 5% do Ibovespa, atrás apenas dos papéis preferenciais (sem voto) da Petrobras (7,7%) e da Vale (8,3%). Isso obriga a maioria dos fundos que seguem o índice a comprarem o papel da petroleira, apesar de dúvidas sobre o futuro da empresa.
Da Fohla de Sao Paulo